Ainda antes da Hemera Fotografias, participei de alguns projetos sociais como fotógrafa. Projeto Montanhão, Projeto Função, fotografia de times menores de futebol feminino, desenvolvimento de material para mulheres empreendedoras.
No entanto, descobri que poderia oferecer a pessoas em situação de rua, por exemplo, o aprendizado de um ofício. Em 2016 conheceu uma instituição chamada Rede Rua, associada a outros nomes como: Jornal O Trecheiro, Revista Ocas, etc. Onde ofereciam como oportunidade oficinas de comunicação para que pessoas em situação de rua pudessem contar suas próprias histórias, através de arte, poesia, ou a linguagem que se sentissem mais a vontade para desenvolver.
Minha função era ensinar fotografia, o projeto contava com câmeras emprestadas, vale transporte, e a venda do jornal poderia gerar renda para essas pessoas.
Foi uma troca impressionante que mudou a minha forma de enxergar a função do meu trabalho no mundo.
Fotografar é sobre registrar momentos, mas para além disso, é a oportunidade de comunicar, é uma ferramenta capaz de denunciar, reivindicar, e de gerar renda.
Para algumas pessoas fotografar é um ato rotineiro e vazio, mas para outras fotografar é pertencer à sociedade, ser visto, fotografar é um ato político.
Essa é uma reflexão para fotógrafos (e até mesmo outros profissionais) que querem utilizar o seu trabalho para diminuir a desigualdade. No caso da fotografia pode ser documentando um projeto social, ensinando fotografia para pessoas que não possuem recursos para estudar, e até fotografando alguém que deseja utilizar as fotos para obter um perfil profissional e gerar renda pra sua família, existem diversas formas de contribuir para um mundo melhor e mais igualitário. Qual é a sua?
Comments